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Meu nome é Solange Lima. Sou mulher preta, periférica da Zona Sul de São Paulo, casada, mãe de três filhos e avó de dois netos que iluminam minha vida. Minha fé é em Deus, na natureza e no axé que me guia na Umbanda. Sou movida pela força dos meus ancestrais, pelo amor à minha família e pela vontade profunda de transformar o mundo ao meu redor — um pedacinho de cada vez.

A história do Ateliê da Vó Maria nasceu em 2020, no silêncio e no medo da pandemia. Eu tinha aqui em casa uma máquina de costura que ganhei de herança da minha sogra, dona Luíza. Eu não sabia costurar absolutamente nada. Mas, entre o medo e a esperança, comecei ali: fazendo máscaras para mim, para a família, para os vizinhos… e vendendo uma aqui, outra ali.

As costuras eram tortas, os materiais nem sempre eram os melhores, mas havia algo maior acontecendo: eu estava descobrindo a magia de transformar tecido em afeto.

Aos poucos, me apaixonei pela costura. Passei a estudar, assistir vídeos, aprender sozinha, ponto por ponto, erro por erro. Comecei com panos de prato simples, tortos, mas cada um deles carregando o meu desejo de crescer e fazer o meu memelhor.Q

uando percebi que aquilo já fazia parte de mim, precisei dar nome ao meu sonho. E foi assim que nasceu o Ateliê da Vó Maria, uma homenagem às três grandes mulheres que moldaram minha força:

• minha mãe, Maria Eugênia

• minha avó materna, Maria de Paula

• e a querida entidade espiritual que me acompanha, Vó Maria Conga

Três Marias, três raízes, três fortalezas. A máquina da minha sogra, Luíza, também ganhou homenagem própria: é o nome de um dos meus kits mais especiais.

Com o tempo, entendi algo que mudou tudo: para começar um ateliê, você não precisa de máquinas modernas, de um grande espaço ou de ferramentas sofisticadas.

Você precisa de vontade,

de coragem,

de amor pelo que faz.

O Ateliê da Vó Maria começou num cantinho da minha casa: o meu quartelier, um pedacinho do meu quarto que virou o espaço onde meus sonhos começaram a tomar forma.

Hoje, sigo costurando com a mesma fé e o mesmo propósito: transformar tecidos em afeto, acolher através das minhas peças e mostrar que toda mulher pode criar, empreender e florescer, mesmo começando do zero.

E tenho um sonho:

que o Ateliê da Vó Maria se torne uma empresa familiar, construída com amor, dedicação e respeito. Hoje caminhamos para isso — eu, meu esposo e meus três filhos trabalhando juntos para fazer esse projeto crescer. E lá no futuro, bem distante, eu desejo deixar esse legado como herança para os meus netos, para que a força das Marias continue ecoando por muitas gerações.

O Ateliê da Vó Maria é isso:

história, força, ancestralidade, carinho e um sonho que segue sendo costurado todos os dias.